Pronunciamento do Presidente

                Prezados! Queridos irmãos e irmãs!

Que bom poder estar aqui falando para os senhores.

            Conseguimos dar os primeiros passos em direção à organização de nossa classe. Primeiro, em janeiro de 2011, implantamos a Academia Lítero-Cultural Pantaneira, ACADEPAN, com sede em Poconé, Mato Grosso. Em seguida partimos para reunir membros que representem os demais municípios pantaneiros. Realizamos grandes eventos sociais e literários; promovemos a arte, lançamos livros, defendemos nossa cultura e nossa história.

                Comprometemo-nos a buscar meios de facilitação para nós mesmos e outros ativistas culturais e artísticos.

                Triunfamos no nosso intento de implantar nossa Academia. Assumimos o compromisso de construir dias melhores.

Hoje, através desse nosso triunfo (A instituição da Academia Lítero-Cultural Pantaneira  - ACADEPAN), do respeito conquistado pela classe e pelos simples fato de nos unirmos, podemos reconhecer glória e esperança aos sonhos que hão de se realizar.

            Como Presidente de Honra, por ser o fundador da instituição ou ainda o presidente em exercício pelo biênio de 2014/2015, não posso ver-me como “o ungido”, tão pouco me cabe o papel de salvador, bem como não sou conquistador. Ocupo esta função como colaborador.

                Sou um menino, vim ao mundo para aprender... Eterno aprendiz.

                Sabemos muito bem que nenhum de nós pode ser bem-sucedido agindo sozinho. Por conseguinte, temos que agir em conjunto, como uma instituição unida, como amigos fraternos que somos.

                Sem a menor hesitação, digo aos meus colegas Imortais da ACADEPAN, que cada um de nós está tão intimamente enraizado no solo desta região pantaneira que saberemos muito bem identificar suas manifestações populares e defende-las como defendêssemos a nós mesmos.

                Quanto a mim; desde o primeiro instante em que cheguei às terras pantaneiras e logo em seguida me banhei em suas águas escuras redescobri minha origem: sou filho de pantaneiro: José Rosa, nascido em Porto Brandão, Barão de Melgaço.

Já em Poconé, aqui junto de vocês, meus amigos, me sinto acolhido.

                Cada vez que pisamos o solo desta terra, experimentamos uma sensação de renovação pessoal, cada vez que ouvimos o cantar de nosso povo, a prosa de nossa gente pulsa mais forte nossos corações.

            Neste momento, nestas palavras, minha mensagem chega a centenas de pessoas; a tecnologia proporciona isso. E mesmo assim, apesar da tecnologia, reafirmo que existimos para fazer uso da mesma defendendo a realidade simples e poética do povo pantaneiro.

Tenhamos o amor do pantaneiro em nossos corações.

                Esta união espiritual e física que partilhamos ao defender nossa história e avivar um futuro com mais arte, musica, lazer, cultura e livros, explica a profunda dor que trazemos no nosso coração quando vemos o descaso das autoridades para com nosso povo: desprezado, bem como se despreza sua história.

                Não nos cansemos de trabalhar por um mundo mais justo e mais solidário, onde a arte, a cultura, a literatura e a música atinjam todos e possam ser produzidos por todos. Ninguém pode permanecer insensível às desigualdades que ainda existem nos municípios pantaneiros.

                Quanto a mim e meus irmãos poconeanos, sentimo-nos realizados pelo fato dos municípios pantaneiros vizinhos ter-nos dado ouvido, para que juntos tenhamos o privilégio de criarmos, acolhermos e perpetuarmos a ACADEPAN que defenderá tudo que seus membros acreditam: nossa literatura, cultura, arte e história pantaneira.

                Agradeço a todos, as distintas autoridades, que possam um dia partilhar e defender nossos ideais, juntamente com o nosso povo, daquilo que é, afinal, uma busca pelo passado, presente e futuro de nossa região.

                Quero encorajar os esforços que nossos escritores, poetas, produtores culturais, artistas, músicos e os demais têm feito para integrar todas as artes e a história do povo pantaneiro.

                Não existe verdadeira promoção da literatura, da arte, da cultura e perpetuação da história, nem verdadeiro desenvolvimento da família e sociedade, quando se ignoram os pilares fundamentais que sustentam uma nação, os seus bens imateriais: a vida, a história, a cultura, a arte e a sua fé.

                Dedicamos a nossa causa a todos os heróis e heroínas do pantanal que se sacrificaram de diversas formas e dão tudo de si pela perpetuação de nossas raízes.

                Muito Obrigado.